2 de novembro de 2003

VIM
Tinha razão uma das visitantes ao dizer que ninguém volta igual de S.Tomé.
Volta-se melhor.
Como pessoa.
Em S.Tomé ainda há mãos estendidas e corações abertos. As pessoas vivem com muito pouco. A maioria colhe os frutos das árvores,da terra ou do mar. Pescadores de pé, sobre as pirogas acenam para a terra onde as mulheres alegres como crianças negoceiam o preço do concon (não sei se se escreve assim) ou do peixe-fumo.
Quando andamos pelos buracos em que se converteram as estradas da ilha, só ouvimos uma saudação: "Amigo!".
Em S.tomé percebemos como a Europa e o "mundo civilizado" caminha para o abismo. Em S.Tomé percebemos que uma praia banhada por ondas mansas e ladeada de coqueiros e árvores de fruta-pão é muito mais do que um postal: é um post-it na porta do nosso frigorífico urbano a lembrar-nos o que é essencial e o que é acessório.

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